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19 de março de 2024 12:43 AM

Agricultura

Governo expande projeto de grãos em terras indígenas

Foto: Secom - RR
O plantio contemplou pouco mais de 800 hectares
Lidiane Oliveira
Em 23 de maio de 2022

As ações de fortalecimento da agricultura familiar em áreas indígenas executadas pelo Governo de Roraima, por meio da Secretaria do índio, têm contribuído para o alcance da sustentabilidade, geração de emprego e renda em mais de 105 comunidades, distribuídas em nove municípios.

Em 2022, o Governo do Estado repassou os insumos necessários para 90% dos polos de produção que estão preparados para o início do plantio em 1.500 hectares, para as culturas de milho e feijão caupi. No ano passado, o plantio contemplou pouco mais de 800 hectares.

“Com a produção de milho e feijão caupi queremos garantir a segurança alimentar, sustentabilidade de desenvolvimento para Roraima, envolvendo áreas indígenas e não indígenas. O foco é possibilitar autonomia para que as comunidades possam produzir o alimento e com isso ter segurança alimentar e ainda ter geração de emprego e renda nestas áreas com a venda do excedente”, esclareceu o governador Antonio Denarium.

Segundo o secretário do Índio, Marcelo Pereira, o plantio contempla comunidades indígenas localizadas nos municípios de Pacaraima, Uiramutã, Normandia, Amajari, Boa Vista, Bonfim, Cantá, São João da Baliza e Alto Alegre.

Ele explica que a cultura do milho na variedade recomendada pela Embrapa foi plantada no ano passado e mostrou ótimos resultados.

“Em 2021 o Governo conseguiu colocar em prática várias ações de incentivo à agricultura, além disso foi possível nivelar e baixar o preço do milho em Roraima, uma vez que a quantidade de milho produzida foi significativa e possibilitou a redução no mercado regional, e o bom é que resultou na comercialização de aproximadamente R$ 1,5 milhão de produção pelas comunidades indígenas”, esclareceu o secretário.

Menos gastos com insumos

O aumento na produção de grãos no ano passado possibilitou também benefícios indiretos para os produtores em Roraima. A alta produção de milho ajudou a reduzir os gastos com alguns insumos, como a alimentação utilizada na avicultura, suinocultura, bovinocultura e equinocultura, entre outras.

“Com a produção em larga escala foi possível aproveitar o excedente também na alimentação de animais criados em Roraima, pois o produtor não precisou comprar fora de Roraima e com isso houve ganho em todas as atividades relacionadas direta e indiretamente à agricultura indígena”, salientou Pereira.

Uiramutã surpreende na produção

De acordo com o diretor de Apoio à Produção Indígena da Secretaria do Índio, Claudionei Simon, o município de Uiramutã tem uma particularidade especial porque era conhecido como uma região historicamente inviável para a produção de grãos, por ser uma região de muitas serras, mas no ano passado o Governo enfrentou o desafio e cultivou cerca de 70 hectares, com bom desempenho.

“E diante desse resultado em 2022 foi ampliada a área de plantio podendo chegar a 230 hectares de produção somente em Uiramutã, o que é muito positivo porque a produção de milho e feijão caupi vem com a alternativa principal garantir a produção da alimentação das famílias e também utilizar esse cultivo como um projeto de auto sustentabilidade”, reforçou o diretor.

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