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8 de maio de 2024 1:57 AM

Legislação estimula campanha de reciclagem e descarte correto de resíduos eletrônicos

Foto: Marley Lima/ALE
Anderson Caldas/ALE
De ALERR
Em 25 de março de 2024

Com o fim deste mês, uma nova campanha sobre preservação ambiental e correto descarte do lixo entra em cena. A Lei Estadual 1.776/2023, cuja proposição foi criada e aprovada na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), estabelece que a última semana de março será dedicada à conscientização e orientação sobre reciclagem e descarte de produtos eletroeletrônicos em Roraima.

De autoria do ex-deputado Evangelista Siqueira, a norma visa alertar e esclarecer a população sobre a destinação correta de produtos eletroeletrônicos, tendo em vista que há substâncias perigosas nesses materiais, a exemplo de mercúrio, chumbo, fósforo e cádmio. Tais elementos podem representar riscos ao meio ambiente e à saúde humana, caso sejam descartados inadequadamente.

A reciclagem e o descarte adequado de eletrônicos são essenciais para a preservação do meio ambiente e para a saúde pública. Por meio desta lei, esperamos conscientizar a população sobre a importância da responsabilidade ambiental e incentivar a adoção de hábitos mais sustentáveis. Juntos, podemos fazer a diferença e garantir um futuro mais verde para as próximas gerações”, ressaltou o deputado Eder Lourinho (PSD), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da ALE-RR.

De acordo com a pesquisa de resíduos eletrônicos realizada pela Organização Green Eletro, o Brasil é o quinto maior produtor de lixo eletrônico do mundo. Para reciclagem, é necessária a entrega desses resíduos em Pontos de Entrega Voluntária (PEV), os também chamados ecopontos.

Uma dessas iniciativas sustentáveis é desenvolvida pelo Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR). Há mais de cinco anos, a instituição mantém ecopontos para coleta de lixo eletrônico nas suas unidades, que podem ser utilizados para descarte correto por parte dos servidores do órgão, assim como pela população.

O CNJ [Conselho Nacional de Justiça] implantou a política de logística sustentável, fazendo com que tudo que o tribunal consuma não seja descartado diretamente na natureza. Dessa forma, além da administração pública, proporcionamos aos servidores e população que tragam esses resíduos para os nossos ecopontos, com o intuito de realizar o correto descarte do material eletrônico”, informou Arthur Azevedo, subsecretário de Planejamento e Governança do TJRR.

Conforme Azevedo, a reciclagem do lixo eletrônico é feita por meio de parcerias de caráter público-privado. “A gente tem que ser responsável por aquilo que consome. Então, o tribunal tem parceria com cooperativas e associações de reciclagem, que fazem a ligação entre o nosso interesse em fazer o descarte correto e a reciclagem em si”, disse.

Além das ações governamentais, iniciativas privadas contribuem para a causa. A empresa social Descarte Correto recicla esses materiais, resultando em mais de 300 toneladas de resíduos eletrônicos reciclados por ano, conforme informação do presidente da empresa, Alessandro Dinelli.

A partir do surgimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, percebi que havia muito descarte incorreto do lixo eletrônico. Assim, nosso propósito é fazer com que o lixo eletrônico não contamine a Amazônia, transformando-o em matéria-prima para voltar ao ciclo produtivo ou ainda contribuindo para o recondicionamento de computadores destinados a programas de inclusão digital”, declarou Dinelli.

A empresa tem sede em Manaus-AM, mas recebe também a coleta de resíduos tecnológicos de Roraima. De acordo com Dinelli, uma nova filial da empresa social será inaugurada brevemente em Boa Vista, por meio de uma parceria com o governo federal.

A unidade em Boa Vista vai ser um centro de recondicionamento de computadores por meio do nosso instituto e do programa ‘Computadores para Inclusão’, do Ministério das Comunicações. Essa iniciativa vai fazer com que a população, empresas e órgãos públicos possam ter a destinação correta dos resíduos, bem como possibilitar o acesso à tecnologia por parte de crianças e adultos do Estado”, concluiu.

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