O secretário falou com a imprensa após vistoria realizada no prédio. “A estrutura está em bom estado ou, pelo menos, não oferece risco de ruptura imediata, ou sem aviso. Isso permite que a perícia já esteja lá dentro realizando os trabalhos”, explicou. Ele disse que foi possível acessar todos os andares do edifício e que a estrutura se encontra bem resfriada. “Nós tínhamos uma dúvida de até que andar conseguiríamos chegar em função de temperatura, em função de gases”, apontou.
Com a liberação da equipe de perícia, será feita a limpeza da área interna. “A gente tem muito detrito, muitas paredes em risco de queda”, disse, destacando que é necessário dar condições de segurança para os operários. “Temos a situação da alvenaria que está para as lojas mais baixas [ao lado], numa situação mais crítica, então tem que fazer a proteção com bandejas para que alguma queda não fira alguém que esteja passando. Só depois começa o trabalho [de demolição]”, detalhou o secretário.
Monteiro explicou ainda que não vai ser necessário utilizar grande maquinário para a demolição, o que trará menos transtornos ao entorno. “A demolição vai ser feita com equipamentos menores, por dentro do edifício”, explicou. Ele acrescentou que será feito o escoramento de alguns pontos do edifício, os quais foram identificados pelos técnicos, que são mais delicados. “Não vai ser da construção toda.” Segundo o secretário, duas lojas que ficam ao lado do prédio incendiado devem permanecer fechadas.
Incêndio
O incêndio na Rua Barão de Duprat começou no domingo (10) por volta das 21h e só foi extinto na quinta-feira (14). No local, funcionam cerca de 4,2 mil lojas e circulam por dia entre 150 mil e 300 mil pessoas, a depender da época do ano. O fogo começou no térreo do edifício de dez andares e atingiu outros imóveis. Duas lojas e parte do prédio da Paróquia Ortodoxa Antioquina da Anunciação a Nossa Senhora foram destruídos. Ela é a primeira igreja ortodoxa no Brasil e data de 1904.